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sexta-feira, 20 de maio de 2016

O amor de um cão é incondicional?

Tenho estado bem longe do blog e apesar de ter já algumas ideias na manga não tenho publicado nada... mas porquê?



Porque uma magana de uma pragana decidiu ir morar durante uma semana para dentro do olho da minha cadela!!! A confusão criada? Mais que muita... e entre 4 tratamentos por dia de 1 hora cada e a preocupação do restante tempo, pouco sobra... (de tempo e motivação) para conseguir pôr no blog os conteúdos que tenho pensados!

Por isso e por enquanto... 



O amor de um cão é incondicional?

Quando a Loki arranjou uma bela ulcera no olho e eu percebi que lhe teria que enfiar pingos por aquele belo olhinho cerca de 18 vezes por dia (sem contar com a limpeza com o soro e a lágrima artificial de vez em quando) e com o agravante de ela ter sido esterilizada e por isso ainda ter que lhe enfiar comprimidos pela goela abaixo todos os dias... pensei a bicha vai odiar-me!  

Todas as horas de almoço enquanto me dirigia para casa esperava pelo dia em que ela em vez de vir entusiasmada ter comigo iria esconder-se por já saber que tudo o que eu lá iria fazer seriam mais maldades!

Tento ver isto do ponto de vista de um cão, sei que vai parecer um cão muito humano, mas é impossível não por a nossa pitada de pensamento humano mesmo quando nos tentamos por no lugar dele... 

"no outro dia senti uma dor muito forte no olho e cocei muito, que dor, não consigo abrir o meu olhinho... derrepente umas pessoas agarram-me... queriam enfiar-me algo no olho, que já doía tanto que nem conseguia abrir... a minha dona, a minha melhor amiga estava lá, sabem o que ela fez? não, não me protegeu... agarrou-me com força e obrigou-me a ficar quieta enquanto me faziam coisas que não percebia e doíam muito muito, estava tão assustada... depois enfiou-me um coleira horrível, enorme... porque me enfiou esta coisa à volta do pescoço? será que ela não percebe que assim não consigo roer os meus ossinhos? que assim é muito difícil correr ou ir buscar a bolinha? os outros cães cheiram-me sempre este plástico que tenho a volta do pescoço, mas eu não lhes consigo explicar o que fiz de errado para ter este castigo... sinto-me mal... eu confiava nela e agora não pára de me abrir o olho e deitar líquidos lá para dentro, alguns ardem... e logo naquele olho já me doí tanto! pior... ainda me enfia coisas, que eu sei que não são comidinha, na garganta e fica ali a agarrar-me o focinho a forçar-me a engolir aquilo... mas será que ela não gosta mais de mim? é tortura? costumava-mos ser amigas... eu confiava tanto nela! sei que tive uma família canina antes, mas já não me consigo lembrar nem da minha mãe, nem dos meus irmãos... agora ela é tudo o que tenho... porque é que ela me faz mal?"



E no entanto sem perceber nada do que lhe está a acontecer ela continua a vir receber-me à porta com a mesma alegria, continua a encher-me de lambidelas quando eu acabei de lhe fazer coisas que não gosta, que não entende, às vezes que doem... será que algum humano confiaria tanto assim? talvez quando somos bebés... aí confiamos na nossa mãe... mesmo quando doí! É assim que um cão confia, que um cão ama, incondicionalmente!


Boas veganices!

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