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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Um dia com a tribo - Norte da Tailândia PARTE 1

Enquanto fazia este post apercebi-me que estava a ficar parvamente comprido, por isso resolvi ir dividindo e por agora não faço ideia quantas partes terá! Mas por enquanto… PARTE 1!

A Tailândia é sem dúvida um país que vale a pena visitar e que me surpreendeu bastante pela positiva, mas como em quase todos os países é quando se sai um pouco do roteiro turístico que a magia acontece!

Quando investigámos a Tailândia decidimos desde cedo fazer uma escapadela para o norte, menos turístico e mais agreste, pensámos fazer uma caminhada e conhecer melhor a floresta e foi em busca por opções que encontrámos o Pooh-EcoTreking, com diversas opções de treking e com criticas óptimas!

Depois de vermos as opções ficámos tentados com a opção “Hilltribe homestay”, que basicamente é um treking em que se passa por algumas tribos do norte e se pernoita mesmo juntamente com uma das famílias. uouuuu

Por um lado isto parecia ser uma grande aventura, uma oportunidade única de perceber como ainda é actualmente a vida de outras pessoas, por outro tínhamos medo, não queríamos correr o risco de estar a alimentar uma economia de escravidão como acontece com a tribo das “mulheres girafa”, que mais não é que um zoo humano, em que as pessoas são tratadas como uma atracção e não têm sequer hipótese de escolher uma vida diferente. 

Aqui faço um aparte, as tribos de "mulheres girafas" que tantos turistas visitam de sorriso no rosto são na verdade campos de refugiados de Myanmar, este povo não tem autorização para sair das áreas que lhes são afectas, não podem trabalhar e praticamente não tem acesso à escola! Vivem basicamente presos num zoo sem hipótese de fuga, resta-lhes quebrar e aceitar, tendo como única forma de sobrevivência possível, permitir que enxurradas de turistas invadam o seu espaço para conseguirem uma foto com elas.

Dito isto e voltando ao nosso problema… treeking com tribos ou não?

Tentámos nos informar um pouco mais, lemos relatos, lemos e relemos tudo no site para tentar perceber os princípios latentes e acabámos por arriscar! 

Optámos por uma caminhada de 2 dias, porque o nosso planeamento não permitia esticarmos-nos mais, como correu? Vamos lá!

No dia antes da partida reunimos do “escritório” deles em Chiang Mai, onde conhecemos o nosso guia e verificámos que ali todos eram de facto locais e que se tratava de um pequena empresa, o que nos deixou logo mais confiantes!

Na reunião inicial o Oh (não faço ideia como escrever o nome dele, mas o som era este!) mostrou-nos num mapa o percurso que íamos fazer e falou um pouco de como iam ser os dias. 

Para começar é preciso perceber que pelo que me apercebi os tailandeses (peço desde já desculpa pela generalização porque de facto não são todos, mas nós apanhámos uns quantos assim e adorámos), começam a falar a inglês mas depois entusiasmam-se e começa uma vertiginosa e bastante rápida explosão de palavras em que misturam thai com inglês e sinceramente algumas coisas achámos que tínhamos percebido, mas não… :p (veremos adiante!)

Chegámos a casa separámos tudo o que não queríamos levar para outra mala (andamos sempre com um seco dobrável tipo isto charan pendurado numa das nossas mochilas, já nos safou tanto!) e nas nossas mochilas deixámos apenas o essencial, repelente de insectos, protector solar, 1 casaco e 1 camisola de manga de manga comprida para a noite (faz tanto frio que não vos passa pela cabeça), umas calças confortáveis para dormir e uma tshirt e cuecas extra para o segundo dia. Chega perfeitamente e não é preciso mais mariquice nenhuma! (ah também levámos escova e pasta de dentes, sem isso não dá!)

Quando reunimos com o Oh ele deu-nos um saco de plástico, aconselho a que enfiem a roupa toda la dentro, que assim ela vai numa carrinha ter com vocês à tribo e escusam de carregar com ela!

Preparativos feitos, restava-nos tentar dormir e esperar pelo amanhã!

Boas veganices!

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