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quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Rota Vicentina (trilho dos pescadores) - Dia 3

Pela primeira vez nesta rota começamos o dia como pessoas civilizadas, sentados à mesa a tomar um pequeno almoço :D (estava incluído na estadia na Pousada de Almograve). 

Depois de irmos buscar o pão alentejano encomendado no dia anterior e mais um carregamento de 2 bolinhos de mel e canela para o menino pusemos-nos a caminho! Afinal este dia é o mais comprido!

Após uns 15 minutos a andar já nos tínhamos enganado no caminho :p por isso chamo a atenção, quando entrarem na praia vão olhando bem para as rochas à esquerda! Há aí um caminho... a ideia não é seguir sempre pela praia, até porque se tentarem vão acabar por ter problemas, especialmente com maré cheia :D (neste ponto o sol dificulta ainda mais ver os sinais!).

Correcção feita no percurso e lá continuamos nós!

Aviso desde já que vai haver estradão! Daqueles que se começa a andar muito rápido para despachar, mas depois se desiste porque se percebe que aquilo não tem fim mesmo! Neste ponto aconselho cantar e fazer jogos ;) (nestas alturas a boa companhia faz toda a diferença!)

Mas além de estradões tem muita beleza e vida selvagem! :p 


Nunca vi tanto sapo junto! Parámos ao pé de uma poça porque vimos UM sapo e quando me começo a aproximar começam MONTES (medida matemática bastante utilizada para nomear bués! 0:) mais do que 15 seguramente!) deles a saltar, mas tantos! É preciso ir com muita atenção, porque é muito fácil passar sem reparar nisso!

Também tivemos a sorte de "apanhar" cegonhas, como elas fizeram o ninho numa rocha que estava à altura da falésia conseguimos estar mesmo frente a frente com elas! (até elas se fartarem de nós e irem dar uma volta!)







O almoço foram as laranjas que tinha comprado em Almograve no dia anterior, a senhora não me enganou, eram mesmo sumarentas! E uma fatia de pão alentejano com manteiga de amendoim (atenção que o único ingrediente que a manteiga de amendoim teve ter é... AMENDOIM! leiam os rótulos!).

(o grão aparece na foto mas ficou para o almoço do dia seguinte!)




Depois de almoço entrámos em zona perigosa! Elas estavam por todo o lado no caminho e eram enormes! VACAAAAS! :D
No caminho demos com um recinto onde estavam bastantes vacas, sendo que algumas delas conseguiram fugir e por isso ocupavam o estradão! Felizmente as de cornos grandes estavam lá dentro! :p 

Nem me lembrei de tirar foto, mas  por um lado foi lindo ver aqueles animais de tão perto e acima de tudo vê-los correr! Sim se não tiverem presas elas correm :) neste caso para fugir de nós, por mais que tentássemos ficar longe para não as assustar elas iam dando corridas para manter a distancia (o que é irónico porque na verdade bastava que a mais pequena corresse contra nós e a vitória seria delas! Um ser humano sem armas não representa qualquer risco, mas elas lá aprenderam a temer-nos :/). 

Muito lindo mesmo... mas por outro lado muito triste vê-las a correr de volta para o seu cativeiro, muito triste saber que aqueles animais que ainda naquele momento corriam à minha frente vão ser levados para um matadouro e acabar no prato de alguém... Vão morrer muito antes do que morreriam se lhes permitissem envelhecer, simplesmente para que pessoas as possam comer, pessoas essas que até teriam uma saúde melhor se não as comessem, então porquê?

O resto do percurso fez-se bastante bem, descida íngreme e divertida até à doca... e depois estrada... e neste ponto atenção outra vez! Vamos lançados na estrada e já vemos a cidade ao longe e pensamos estamos a chegar... mas atenção que há um desvio para a direita! Vão com atenção aos passadiços que vão aparecendo porque um deles é o vosso caminho certo! 

Mesmo pertinho de chegar ao destino sinto algo na parte interior do dedão grande do pé direito (que atenção ao detalhe tem a escritora deste blog!)... como nestas coisas acho que mais vale tratar logo que armar-me em heroina e depois acabar com alguma lesão mais chata, descalcei-me e pumba... a primeira (e única bolha) deste percurso! Na verdade já não era uma bolha, porque neste ponto já estava rebentada e em carne viva (mais uma vez muito descritivo!)... felizmente existem aqueles pensos tipo compeed! Toca a colar lá aquela borrachinha maravilhosa e nem pensei mais nisso!

Chegados a Zambujeira do Mar fomos logo à procura do nosso alojamento - ficámos na Casa da Praia, o quarto era óptimo e as áreas comuns idem idem aspas aspas!! De realçar que inclui um pequeno espaço exterior da parte de trás da casa, o que a torna perfeita para quem está a fazer a rota histórica de bicicleta.

Depois de estarmos instalados fomos à mercearia em busca de mantimentos (esta foi a mais pobre que encontrámos, acabámos até por comprar pão de forma em falta de melhor... blhac). A ter em atenção que Zambujeira do Mar tem apenas 1 sitio com 2 caixas multibanco e que segundo nos foi explicado é muito comum elas não terem dinheiro disponível! Quando lá fomos apenas 1 tinha, felizmente, porque caso contrário não sei como íamos pagar os mantimentos uma vez que a mercearia não tem multibanco. Por isso talvez não seja má ideia em Vila Nova de Mil Fontes levantarem logo o dinheiro necessário para as duas etapas seguintes!

Compras feitas toca a correr até à praia para apanhar o por do sol!

Foto do Droski (o menino)

Fazer tempo para jantar numa esplanada mesmo ao lado do alojamento, na conversa enquanto bebíamos sumo natural de laranja e cenoura e perdíamos dinheiro nas raspadinhas (óptimo momento)!

Quando chegou a hora de jantar fomos ao Ponto e Virgula, que sendo um sitio engraçado e com um toque de modernidade não me conquistou a 100% - Papar fora: Ponto e Virgula (Zambujeira do Mar).

Depois disto e com o frio a apertar chegou a altura do já tradicional jogo de Uno e cama!


Boas veganices!

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